Direito à Terra Urbana e Moradia
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Em países em desenvolvimento, a segurança de posse da terra abrange menos de 30% dos imóveis, deixando os habitantes dos outros 70% sem a certeza de que não correm o risco de serem removidos injustamente das suas moradias. A ausência dessa segurança está presente na vida da maioria da população de baixa renda que vive em habitações irregulares, lhes privando das seguranças físicas, psicológicas e econômicas atreladas a um lar regularizado.
A falta de vontade do poder público em combater essa realidade resulta em um quadro legal que pouco versa sobre o direito à moradia. Na cidade de Recife (PE), por exemplo, há uma completa ausência de legislação sobre o tema, exceto por um auxílio-moradia irrisório que é dado às famílias que sofrem remoção para dar espaço à expansão urbana mal planejada e excludente. Mesmo a insegurança de posse sendo um dos principais fatores responsáveis pelos conflitos urbanos, pouca atenção é dada a esta causa.
O Projeto
A Habitat para a Humanidade Brasil construiu uma proximidade com o setor judiciário de Pernambuco, em especial o Ministério Público de Pernambuco, a Defensoria Pública de Pernambuco e o Tribunal de Justiça de Pernambuco, realizando oficinas e workshops com o intuito de sensibilizar os atores desse setor. Um grupo de estudos focado em segurança de posse e conflitos fundiários no TJPE também faz parte das propostas da Habitat Brasil para uma ramificação maior de informações que tirem a pauta da moradia da gaveta.
Uma das justificativas dadas pelo judiciário para a falta de prontidão em resolver processos envolvendo conflitos fundiários urbanos é a falta de informações e dados sobre o tema, portanto, além do diálogo direto com os atores desse setor, a Habitat Brasil busca também prover a esses órgãos estudos e dados referentes aos conflitos fundiários, através de plataformas digitais que facilitem o andamento dos processos e, consequentemente, a garantia de terra para parcela da população envolvida nesses casos.
Objetivos
Suprir famílias, o judiciário e os poderes executivos com informações sobre processos e casos judiciais que envolvem retomada de posse e remoções em assentamentos informais no estado de Pernambuco.
Realizar o mapeamento de áreas que estão em potencial risco de desapropriação, com o intuito de prevenir remoções forçadas no futuro.
Criar ferramentas que garantam defesa pública para famílias vulneráveis envolvidas em conflitos de terra urbana, além de garantir que instrumentos públicos sejam utilizados na defesa destas famílias vulneráveis e que o poder executivo seja o principal ator dessa ação.