Especial Dia Internacional da Luta das Mulheres
Beatriz tem apenas 20 anos, mas já acumula muitas batalhas em sua vida. Moradora da comunidade de Heliópolis, em São Paulo, desde o nascimento, logo que completou o ensino médio, Beatriz começou a trabalhar como auxiliar de cozinha em um dos centros educacionais da comunidade. Tempos depois, ela conheceu Guilherme, 23 anos, e, no último ano, os dois noivaram
Beatriz e Guilherme moram com seus respectivos pais e conseguiram de doação de seus familiares um espaço para que pudessem construir sua casa e, então, casar. “Eu moro com meus pais e o Guilherme com os pais dele. E esse espaço foi doado para a gente para que a gente pudesse se casar e vir morar aqui”, conta Beatriz.
Os noivos juntaram suas economias e conseguiram construir os cômodos da casa, mas o dinheiro acabou e o casal não pôde deixar sua casa habitável para se mudar. “Estava sendo bem difícil. A nossa prioridade é casa”, diz.
Foi então que Beatriz procurou a Habitat Brasil para que a organização pudesse apoiar com a finalização da construção de sua casa.
“Eu conheci a Habitat por uma cozinheira que trabalha comigo e que já tinha reformado a casa dela com vocês. Ela fez a reforma com vocês e gostou bastante. Então eu me interesse e fui atrás. E vi que tudo que ela falou era verdade. Vocês estão ajudando muito. Nossa casa estava só levantada, só com as paredes em bloco. E vocês vieram para fazer o acabamento, banheiro, encanamento, parte elétrica. E a única coisa que eu posso dizer agora é gratidão”, conta Beatriz.
O casal ficou muito feliz com as obras realizadas pelo programa. Para eles, essa reforma era essencial para poder definir a data do casamento e, acima de tudo, para construir uma família em um lar mais digno e seguro.
Parte das reformas foi realizada com o apoio de voluntários em uma grande ação promovida pela Habitat Brasil com o apoio da Gerdau. Beatriz, inclusive, colocou a mão na massa também. “Eles podiam estar em outro lugar, mas eles estavam aqui fazendo este trabalho com muita força de vontade. Eu mesma nunca tinha feito nada e construí com eles pela primeira vez. É um aprendizado, né? Já falei até para o meu pai que vou virar ajudante de pedreiro da próxima vez”, conta Beatriz.