Descubra a importância do saneamento básico e sua relação com a mortalidade infantil neste conteúdo.
O saneamento básico abrange ações essenciais, como tratamento de água e gestão de resíduos, fundamentais para o bem-estar de todos, principalmente das crianças. A falta de saneamento adequado tem consequências graves para a saúde infantil, levando a um aumento nos índices de mortalidade.
Isso ressalta a urgência de ações e reformas nessa área. Neste artigo, exploraremos como o desenvolvimento de sistemas de saneamento eficazes pode impactar positivamente a saúde das crianças e salvar vidas. Destacamos a importância de iniciativas sustentáveis e inclusivas para todos. Continue lendo para saber mais!
Qual é a relação entre saúde e saneamento básico?
O saneamento básico é um pilar fundamental para a saúde pública. A ausência desses serviços está diretamente relacionada com diversas doenças como diarreia, cólera e hepatite.
Além disso, esse fator influencia a saúde através do meio ambiente. Águas residuais não tratadas podem contaminar fontes e solos, afetando a cadeia alimentar e aumentando o risco de doenças transmitidas por alimentos.
Isso demonstra como o saneamento está intrinsecamente ligado à segurança alimentar e nutricional, aspectos essenciais para o crescimento e desenvolvimento das crianças.
Como a falta de água tratada afeta a saúde das crianças?
Água contaminada é uma fonte comum de doenças, que afetam principalmente crianças, devido à sua vulnerabilidade e sistema imunológico em desenvolvimento. A seguir, detalhamos como diferentes enfermidades ligadas ao saneamento afetam a saúde infantil.
Enfermidades ocasionadas por conta de qualidade baixa da água
Cólera
A cólera leva a uma desidratação severa em crianças, podendo ser fatal se não tratada rapidamente.
Leptospirose
Transmitida por água contaminada com urina de animais, a leptospirose pode causar febre, dor muscular e, em casos graves, falência renal em crianças.
Giardíase
A giardíase, provocada por protozoários em água não tratada, leva a sintomas gastrointestinais, afetando a absorção de nutrientes.
Amebíase
A amebíase pode resultar em diarreia grave e perda de nutrientes cruciais para o desenvolvimento infantil.
Hepatite A
A hepatite A afeta o fígado das crianças, causando complicações sérias a longo prazo.
Diarreia Aguda
A diarreia aguda leva à desidratação e desnutrição.
Poliomielite
Esta doença viral, transmitida por água infectada, pode causar paralisia permanente em crianças.
Doenças ocasionadas por conta escassez de saneamento
Escabiose e Pediculose (Piolho)
A falta de higiene devido à escassez de saneamento básico leva a doenças de pele como escabiose e infestações de piolhos.
Tracoma e Conjuntivite Bacteriana Aguda
Doenças oculares como tracoma e conjuntivite podem se espalhar em áreas sem saneamento adequado, afetando a visão das crianças.
Salmonelose
A salmonelose, uma infecção bacteriana, também afeta a saúde gastrointestinal das crianças.
Tricuríase, Enterobíase, Ancilostomíase, Ascaridíase
Parasitas intestinais como tricuríase e ascaridíase causam desnutrição infantil e crescimento retardado.
Enfermidades transmitidas por meio de organismos que vivem na água
Esquistossomose
A esquistossomose leva a doenças crônicas em crianças, afetando órgãos vitais.
Lombriga
As lombrigas causam desnutrição e problemas intestinais.
Doenças transmitidas por meio de insetos que se reproduzem na água
Malária
A malária é uma das principais causas de mortalidade infantil em áreas tropicais.
Dengue, Febre Amarela, Filariose
Doenças como dengue, febre amarela e filariose são transmitidas por mosquitos e estão ligadas a áreas com água parada, também representam um risco para a saúde das crianças.
Quantas crianças morrem por falta de saneamento básico?
De acordo com informações do Ministério da Saúde e do Sistema de Informações sobre Mortalidade, entre os anos de 2008 e 2017, cerca de 73,4 mil óbitos ocorreram devido a enfermidades associadas à deficiência nas condições de saneamento básico.
Ainda, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2018, havia uma probabilidade de 12,4% de um recém nascido não completar um ano de vida no Brasil.
É importante salientar que as principais mortes mencionadas são atribuídas às doenças diarreicas. Isso ocorre porque as crianças, sendo mais suscetíveis, perdem nutrientes essenciais para a sobrevivência de maneira mais rápida, o que agrava o impacto dessas enfermidades.
O que pode ser feito para reduzir a mortalidade infantil?
Para reduzir a mortalidade infantil é importante realizar ações coordenadas e políticas eficazes. Confira medidas importantes dentro deste cenário.
Melhoria do saneamento e acesso à água potável
É vital investir em infraestruturas de saneamento e fornecer acesso contínuo à água limpa e segura. Isso significa construir sistemas de tratamento de água e esgoto eficientes, além de garantir a manutenção adequada destes sistemas.
Programas de vacinação
Campanhas de vacinação abrangentes podem prevenir doenças que são comuns em ambientes com saneamento deficiente. Vacinas contra hepatite, poliomielite, e difteria, por exemplo, são essenciais para proteger a saúde infantil.
Educação em Saúde Pública
Informar as comunidades sobre práticas de higiene, como lavar as mãos e utilizar água potável, é crucial para prevenir doenças. Programas educacionais podem ser particularmente eficazes quando direcionados a escolas e famílias com crianças pequenas.
Nutrição Adequada
Garantir que as crianças tenham acesso a alimentos nutritivos é vital para fortalecer seu sistema imunológico. Programas de alimentação escolar e de suplementação nutricional podem desempenhar um papel importante nesse aspecto.
Fortalecimento dos Sistemas de Saúde
Investir em sistemas de saúde locais, garantindo que existam recursos suficientes para tratar doenças infantis e proporcionar cuidados preventivos, é outro aspecto fundamental. Isso inclui a disponibilidade de medicamentos, profissionais de saúde qualificados e instalações adequadas.
Políticas Públicas Integradas
A luta contra a mortalidade infantil requer políticas públicas que integrem saúde, educação, nutrição e desenvolvimento social. Programas de assistência social, por exemplo, podem ajudar famílias a acessar serviços essenciais de saúde e saneamento.
Como a Habitat para Humanidade Brasil atua para promover a consciência sobre a mortalidade infantil e saneamento básico, e melhorar a qualidade de vida da população vulnerável
No cenário desafiador que o Brasil se encontra em relação à mortalidade infantil e saneamento básico, organizações como a Habitat para a Humanidade Brasil desempenham um papel fundamental na promoção de moradias dignas e na melhoria das condições de vida das famílias brasileiras.
Nossos projetos vão além da construção de casas, abrangendo também o acesso a serviços básicos, como água tratada e saneamento.
Acreditamos que todas as famílias têm o direito de viver em um ambiente seguro, saudável e com dignidade.
Por isso desenvolvemos iniciativas que promovem a inclusão das pessoas em situação de vulnerabilidade, como o projeto “Acesso à Água, ao Saneamento e à Higienização” que até agora já impactou mais de 5.885 pessoas com:
- construção de 724 cisternas urbanas;
- instalação de 475 pias comunitárias
- realização de 453 reformas emergenciais;
- e muito mais!
Para contribuir com o projeto e com a causa, você pode realizar doações financeiras diretas ou se envolver como pessoa voluntária. Além disso, também pode divulgar a proposta e conscientizar outras pessoas sobre a importância do saneamento básico.
Apoie a Habitat Brasil e contribua para manter nossos projetos em andamento, que visam transformar vidas por meio da moradia digna, saneamento básico e água potável para todos. Sua doação é essencial para garantir direitos fundamentais e proporcionar uma vida saudável e digna para milhares de pessoas. Juntos, podemos fazer a diferença, faça uma doação hoje!
Em resumo
Quantas crianças morrem por falta de saneamento básico?
De acordo com informações do Ministério da Saúde e do Sistema de Informações sobre Mortalidade, entre os anos de 2008 e 2017, cerca de 73,4 mil óbitos ocorreram devido a enfermidades associadas à deficiência nas condições de saneamento básico.