Filmes para refletir sobre o direito à cidade

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Como nos relacionamos com os nossos centros urbanos? Como é possível melhorar ou desenvolver essa relação?

O cinema é uma arte capaz de retratar diferentes realidades e difundi-las pelo mundo. Hoje a Habitat Brasil selecionou três filmes para incentivar à reflexão sobre o direito à cidade. 

Os filmes que selecionamos promovem esse debate em seus roteiros ou o utilizam como pano de fundo para suas histórias.

  • Cidade Cinza 

    Marcelo Mesquita e Guilherme Valiengo

    Otávio e Gustavo Pandolfo, os mundialmente conhecidos e reconhecidos osgemeos, são artistas do grafite absolutamente geniais. Eles são o fio condutor desse instigante documentário que se propõe a discutir séria e profundamente a questão da pichação e do grafite na cidade de São Paulo. A história dos artistas se confunde com a própria história do grafite e dos grafiteiros que emprestam seu talento e questionam os padrões estéticos da cidade cinza, da selva de pedra que ainda insiste em ver as cores dos murais grafitados como transgressão. Com trilha original de Criolo e Daniel Ganjaman, o documentário é fundamental para discutir mais essa faceta do direito à cidade.

  • A cidade é uma só?

    Adirley Queirós

    À época do cinquentenário de Brasília, em 2010, o diretor Adirley Queirós propôs uma reflexão sobre a capital brasileira. Partindo da Campanha de Erradicação de Invasões (CEI), que retirou os barracos que circundavam Brasília em 1971, o filme “A cidade é uma só?” leva o espectador a repensar o processo contínuo de exclusão social em que o conceito de Brasília se baseia.

  • À margem do concreto

    Evaldo Mocarzel

    Documentário fundamental sobre o movimento de moradia no centro da cidade de São Paulo, À margem do concreto é daqueles que reúnem depoimentos absolutamente envolventes, como nos melhores filmes do mestre Eduardo Coutinho. Há muita semelhança na forma como Mocarzel conduz a narrativa de seu documentário, que percorre diversas ocupações na região central de São Paulo e também nas periferias, com a maneira como Coutinho produziu seus documentários. O filme dá uma visão exata da dimensão política que há em torno da luta pelo direito à moradia.