Filmes que retratam a realidade das domésticas no Brasil

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Selecionamos alguns filmes que mostram as condições de trabalho que as trabalhadoras domésticas precisam enfrentar no Brasil.

Diretamente afetadas pelos impactos do racismo e do sexismo, as trabalhadoras domésticas são uma das categorias mais expostas e atingidas pela pandemia. Segundo a ONU Mulheres – a Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres – cerca de 2 milhões de trabalhadoras domésticas perderam o emprego em 2020. Além disso, vale lembrar que a primeira pessoa que faleceu no Brasil, vítima da covid-19, foi uma trabalhadora doméstica.

Para incentivar o debate sobre a questão, selecionamos três filmes que retratam a realidade das domésticas no Brasil. Além das desigualdades geradas pela interseccionalidade de gênero, raça e classe, elas enfrentam a presença da herança colonial da escravidão. Fato que corrobora para a perpetuação do trabalho infantil, assédio sexual e moral, abandono familiar, falta de formalização e fiscalização e privação de direitos trabalhistas.

Então, não deixe de conferir!

Podia ter sido EU – Yane Mendes e Nanda Paixão

O filme reúne imagens do Ato realizado por justiça pelo assassinato de Miguel Otávio Santana da Silva, de 5 anos. Ele foi deixado sozinho no elevador pela empregadora de sua mãe, em junho de 2020, e caiu do 9º andar de um prédio de luxo, em Recife. O documentário também traz depoimentos de filhos e filhas de empregadas domésticas que viviam como Miguel, frequentando as casas das patroas.

Doméstica – Gabriel Mascaro

Mascaro entregou câmeras a sete adolescentes para que eles filmassem as empregadas domésticas de suas casas durante uma semana. Com a edição do material bruto, o resultado é um retrato delicado sobre temas como intimidade, afeto e relações de poder. Além disso, o filme dá ênfase em questões sérias e ainda contemporâneas, como equidade de gênero, raça e classes sociais. 

Que horas ela volta – Anna Muylaert  

O mais popular da lista, o filme Que horas ela volta conta a história da pernambucana Val (Regina Casé), que se mudou para São Paulo a fim de dar melhores condições de vida para sua filha, Jéssica (Camila Márdila). Com muito receio, ela deixou a menina no interior de Pernambuco para ser babá de Fabinho (Michel Joelsas), e foi morar integralmente na casa de seus patrões. 

Treze anos depois, quando o menino vai prestar vestibular, Jéssica lhe telefona, pedindo ajuda para ir à São Paulo, no intuito de prestar a mesma prova. Os chefes de Val recebem a menina de braços abertos, só que quando ela deixa de seguir certo protocolo, circulando livremente, como não deveria, a situação se complica.

Em comum, os três filmes mostram um retrato da realidade que milhares de trabalhadoras enfrentam todos os dias. Mas, não apenas isso, ele é um lembrete da desigualdade da sociedade brasileira. Por isso, você não pode deixar de assistir!

E, se quiser ajudar a combater a desigualdade no país, veja nossos projetos de acesso à moradia digna e que levam água e saneamento básico a milhares de pessoas. Já mudamos mais de 230 mil vidas!

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