21 mortos. 28 desaparecidos. 150 desabrigados. Esse é o saldo de mais uma tragédia que poderia ter sido evitada com políticas públicas adequadas de moradia.

Na segunda-feira (2), fortes chuvas atingiram as cidades de Santos, São Vicente e Guarujá, em especial o Morro do Macaco Molhado, provocando deslizamentos de terra que levaram à morte de 21 pessoas e deixaram outras 28 desaparecidas. Mais de 150 pessoas tiveram que sair de suas casas e estão desabrigadas. De acordo com a Secretaria Estadual de Habitação, vinte mil famílias vivem em áreas de risco na Baixada Santista, sendo que 11 mil delas estão em morros em condições semelhantes às que sofreram com as recentes chuvas.

Enquanto não houver políticas públicas que deem realmente atenção a essa população vulnerável, seguiremos chorando a perda de vidas humanas a cada novo verão. Esse problema nas encostas do litoral paulista remonta aos anos 1950. Tempo para se encontrar uma solução houve. Faltou decisão política e alocação de recursos suficientes para solucionar definitivamente o problema. Infelizmente não se trata de um caso isolado, tendo em vista o que aconteceu recentemente nas cidades do Rio de Janeiro, Belo Horizontes, Recife, entre tantas outras.

A Habitat para a Humanidade Brasil, organização que trabalha pela garantia dos direitos humanos e, especificamente, pelo direito à moradia, lamenta a tragédia ocorrida na região, registra sua solidariedade às famílias e reforça a importância da promoção de políticas públicas adequadas de moradia que façam a realocação de famílias que vivem em áreas de risco.

Foto: Carlos Nogueira/A Tribuna Jornal