No Brasil, cadeia da construção gera 66 empregos a cada US$1 milhão investidos

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A cada US$ 1 milhão investido no mercado da construção civil,  cria-se, em média, 97 empregos em economias emergentes. No Brasil, a cadeia de construção gera 66 empregos a cada US$ 1 milhão investido, predominantemente entre a população com menos escolaridade. O país fica à frente de Colômbia (61) e México (43) na América Latina, mas atrás do Peru (69). A Índia foi o país com o maior resultado, pois gerou 182 empregos. 

Segundo um relatório produzido pela Habitat para a Humanidade, os empregos no setor possuem remuneração superior a outras opções de trabalho para pessoas com menos escolaridade. O levantamento foi feito por economistas da Universidade da Pensilvânia, da Universidade da Califórnia do Sul e da Universidade de Washington para relatório do Centro de Inovação Terwilliger, da Habitat para Humanidade Internacional. Essa média global é comparada a 81 empregos por milhão investidos na produção agrícola e 96 empregos por milhão investidos em produtos do setor de hospedagem e alimentação, de acordo com o relatório, que focou nove países: Brasil, Colômbia, Índia, Indonésia, México, Peru, Filipinas, África do Sul e Uganda.

Estudo mostra que investimento em construção gera empregos entre trabalhadores com pouca escolaridade

Intitulado “A Ladder Up: The construction sector’s role in creating jobs and rebuilding emerging market economies”,  o estudo apresenta evidências de que muitos dos empregos têm como alvo trabalhadores com níveis mais baixos de educação formal. Os pesquisadores descobriram que os empregos no setor de construção são relativamente bem pagos em comparação com outras opções para trabalhadores com baixo nível educacional.

O relatório também observa que os trabalhadores do setor de construção em mercados emergentes, muitas vezes, trabalham fora dos canais regulamentados e formais. Assim, o emprego informal na construção é responsável por 50% na África do Sul, em comparação com mais de 90% em países como Índia, Indonésia e Uganda. A construção residencial domina o setor; por exemplo, no Brasil, Colômbia e México, a construção residencial representa mais de 80% da construção total de edifícios.

“Neste período tão crítico que as comunidades estão enfrentando por causa da Covid-19, a Habitat Brasil injetou diretamente R$ 4,7 milhões de reais em comunidades de todo país. Todos os materiais de construção que usamos e os profissionais da construção como pedreiros, encanadores, eletricistas que contratamos são oriundos das comunidades onde atuamos, fazendo com que esses recursos injetados garantam renda e movimentem de maneira expressiva a economia local. Além disso, cerca de R$ 1 milhão foi movimentado por meio da contratação de profissional técnico (arquitetos, engenheiros etc) para que as obras pudessem ser executadas com qualidade, resolvendo as precariedades habitacionais que atingiam as famílias”, Mário Vieira, Diretor Executivo da Habitat para a Humanidade Brasil.

Os pesquisadores também concluíram que as medidas para melhorar as condições de trabalho e o treinamento prático dos trabalhadores da construção podem ajudar as áreas urbanas, incluindo as mais afetadas pela pandemia, a se desenvolver de forma mais sustentável e equitativa.

Sobre o Centro Terwilliger de inovação em moradia

É uma unidade da Habitat para a Humanidade Internacional que trabalha com participantes do mercado imobiliário para expandir serviços, produtos e financiamentos baseados no mercado que atendam aos clientes, para que as famílias possam melhorar suas casas de forma mais eficaz e eficiente. O objetivo do Centro Terwilliger é tornar os mercados imobiliários mais eficazes para as pessoas que precisam de moradia e, assim, melhorar a qualidade de vida das famílias de baixa renda. Para saber mais, visite habitat.org/tcis.

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