Diante do efeito devastador que a pandemia e crise social provocadas pela COVID-19 está tendo nas populações que vivem em comunidades e territórios periféricos ao redor do Brasil, dezenas de entidades, coletivos, movimentos e organizações da sociedade civil se uniram para criar uma articulação nacional para monitoramento da atuação do poder público no contexto da pandemia.
Estas entidades estão presentes em diversos territórios periféricos do Brasil e veem com muita preocupação a falta de ações específicas do poder público para garantir a segurança, saúde e dignidade da população.
Para além de visibilizar as omissões do poder público no combate ao COVID-19 nas periferias e grupos vulnerabilizados, o monitoramento também embasa a definição de pontos prioritários para incidência política e ação local junto a importantes órgãos, como defensorias públicas e ministério público.
“Sabemos que a Covid-19 não atinge as pessoas da mesma forma e que parte da população está mais vulnerável à transmissão, por suas condições de moradia, acesso a serviços básicos, por exemplo. As periferias e grupos mais vulneráveis deveriam ser objeto de ações emergenciais específicas, focadas na prevenção da contaminação. O monitoramento pretende apoiar essa leitura sobre as omissões dos poderes públicos e servir de insumo para uma incidência política local em favor dessa população“, Socorro Leite, Diretora Executiva da Habitat para a Humanidade Brasil.
Como o monitoramento está sendo feito?
Através de questionários aplicados em cada comunidade ou grupo específico. A pesquisa é conduzida pelas entidades integrantes da Articulação Nacional e por articulações locais, com participação de lideranças dos territórios. Com as informações coletadas a partir da percepção das comunidades e grupos, será possível também analisar de que forma as medidas com as quais o poder público se comprometeu estão efetivamente sendo implementadas. Estas medidas incluem ações para garantir abastecimento de água, segurança alimentar, mobilidade, renda e abrigo durante a pandemia.
As informações levantadas serão disponibilizadas através de boletins mensais e das redes sociais de todas as entidades engajadas no monitoramento.
Quanto mais pessoas, entidades e territórios estiverem participando, mais forte será nossa incidência coletiva. Se você deseja participar do processo de monitoramento, entre em contato pelo email [email protected] ou acesse as ferramentas de pesquisa contidas no boletim.
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