A crise sanitária e econômica decorrente da pandemia da COVID 19 tem afetado de forma muito mais dura a parcela mais vulnerável da população. Antes do Coronavírus, milhões de famílias já viviam em condições precárias de moradia, sem acesso à água potável e saneamento básico. Hoje, elas se juntam a outros milhões que perderam sua renda.
No Brasil, 52 milhões de pessoas vivem em condições inadequadas de moradia. Mais de 30 milhões de brasileiros não recebem água tratada em suas casas e 47% da população do país não têm acesso à rede de esgoto. Pesquisas recentes ainda mostram que 51% dos brasileiros das classes D e E perderam pelo menos metade de suas rendas devido à COVID.
Fonte: SNIS, 2018
Na Habitat para a Humanidade Brasil estamos comprometidos com um mundo onde todas e todos tenham um lugar saudável e digno para morar e se proteger da transmissão do Coronavírus. Por isso, desde março, estamos atuando para apoiar quem mais precisa nesse momento.
Depois de beneficiar mais de 5.000 famílias em todo o Brasil com a distribuição de cestas básicas e itens de higiene, passamos a instalar pias comunitárias em favelas e regiões periféricas, dando a oportunidade para que mais de 100 mil pessoas possam higienizar as mãos de forma adequada todos os dias.
Agora, lançamos nossa terceira iniciativa em resposta à COVID 19: a campanha Casas, Comunidades + Esperança. Nesta nova etapa de atuação queremos beneficiar 700 famílias brasileiras, que vivem em comunidades e favelas, com melhorias habitacionais a fim de eliminar as principais precariedades da moradia que podem agravar a transmissão do vírus.
As obras emergenciais serão focadas em soluções de acesso à água, saneamento e higiene, como reparo de instalações hidráulicas, instalação de caixas d’água, construção ou melhoria de banheiros, e adequação nas casas para melhorar a circulação de ar e ventilação quando necessário.
A pandemia da COVID-19 expôs a crise habitacional contra a qual lutamos desde o início da Habitat no Brasil e no mundo. A recomendação dos órgãos oficiais é ficar em casa para se manter saudável e, neste caso, as condições da moradia podem significar literalmente a diferença entre a vida e a morte.