A luta das mulheres negras por reparação e bem viver é a luta por moradia digna

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Mais de 300 mil mulheres negras ocuparam as ruas de Brasília nesta terça-feira (25/11/2025 ) na Marcha das Mulheres Negras. Dez anos após a histórica primeira marcha, os movimentos reafirmam: a luta por reparação e bem viver segue como farol para a emancipação do povo negro e para enfrentar as desigualdades estruturais.

Vindas de todo o país, elas levaram suas bandeiras e resistências locais, unidas em um projeto político construído por mulheres negras: “Sem reparação, não há democracia, justiça, igualdade ou equidade em nenhum aspecto da vida humana”, afirma o manifesto da Marcha.

Essa luta também é pelo direito à moradia. As mulheres negras são as mais afetadas pela crise habitacional: sustentam famílias, constroem casas, cuidam das suas e dos seus — e ainda enfrentam a batalha por condições dignas, moradias seguras e comunidades saudáveis.

Reparação e bem viver se alcança com moradia digna como base, assim como as mulheres negras são a base da sociedade. Sua luta move o mundo — e nós, que defendemos a moradia digna, marchamos com elas.

Saudamos todas as mulheres negras presentes nas lutas por moradia em todo o país e na Marcha das Mulheres Negras, e reforçamos:

A luta das mulheres negras por reparação e bem viver é também a luta por moradia digna!


Foto: Bruno Peres/Agência Brasil