A restauração de moradias no Rio Grande do Sul após as enchentes é urgente! No final de abril e o começo de maio de 2024, o Rio Grande do Sul foi assolado por fortes chuvas, que causaram inundações em 441 cidades, representando 95% dos municípios sul-rio-grandenses. Milhões de pessoas foram afetadas, contabilizando 600 mil desabrigados e 179 mortes, além de dezenas de desaparecidos. Esses números revelam a vulnerabilidade em que viviam essas populações, conforme informações do G1. Mais de um ano depois, muitas famílias precisam restaurar suas moradias e sua esperança.
Por meio do Projeto de Resposta a Desastres Socioambientais, a Habitat para a Humanidade Brasil atuou diretamente nas comunidades mais afetadas. Na prática, isso significou assistência emergencial com a distribuição de itens essenciais de higiene e limpeza, além de materiais de apoio ao abrigamento. A organização também promoveu a recuperação e os reparos das casas afetadas — área em que ainda continua atuando até os dias atuais.
O que foi feito até o momento?
Na primeira etapa, logo após as enchentes, priorizou-se a entrega de kits emergenciais com itens essenciais e materiais de apoio ao abrigamento. Essa ação foi voltada especialmente a mulheres, crianças e pessoas idosas de territórios profundamente impactados. Foram distribuídos cerca de 1400 kits, beneficiando mais de 3300 pessoas em Porto Alegre, Pelotas, Caxias do Sul, São Leopoldo e Rio Grande.
A segunda fase teve início a partir de um diagnóstico territorial, que identificou as comunidades com maior impacto e possibilidade de intervenção. Com base nesse levantamento, iniciaram-se as reparações emergenciais em moradias. Desde então, 110 casas já foram restauradas e outras 64 estão com obras em andamento ou com previsão de início ainda para 2025.
Quais melhorias têm sido realizadas na restauração de moradias no Rio Grande do Sul após enchentes?
As principais melhorias implementadas concentraram-se na revisão e reforma de telhados, na instalação de portas e janelas e na instalação de pisos cerâmicos com contrapiso. Além disso, foram realizadas melhorias em casas de madeira, a exemplo da troca e/ou reposição de madeiras em assoalhos e paredes de madeira, reformas e construção de banheiros, bem como instalações elétricas e hidrossanitárias. Em residências com esgoto a céu aberto crítico, executou-se um conjunto com fossa filtro. Outras intervenções incluíram o reboco, o reforço estrutural em paredes e lajes e a alvenaria de tijolos cerâmicos.
Qual público foi mais contemplado?
Considerando o perfil etário das famílias atendidas no processo de restauração de moradias no Rio Grande do Sul após enchentes, as crianças representam o público com maior participação numérica, correspondendo a 34% do total, seguidas por adolescentes (19%). O contexto familiar revela uma forte presença feminina: 86% das famílias são chefiadas por mulheres, sendo que 37% destas são mães solo. No âmbito socioeconômico, observa-se que muitas famílias vivem com menos de um salário mínimo, sendo a renda média familiar de R$1.574,00.
Principais desafios logísticos e sociais
A atuação nos territórios atingidos enfrenta desafios complexos devido à vasta destruição, demandando grande esforço logístico e financeiro. O acesso dificultado, a diversidade de necessidades (moradia, apoio psicossocial, serviços básicos), a essencial coordenação entre diferentes atores, a obtenção de recursos e a transparência na gestão são pontos críticos. Soma-se a isso a necessidade de reconstruir de forma resiliente, com participação ativa das comunidades afetadas.Principais desafios logísticos e sociais
E como você pode nos ajudar?
Para a Habitat Brasil, a parceria com empresas é essencial para realizar projetos como este, garantindo dignidade e conforto para famílias vulnerabilizadas.
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