Sem moradia digna, não há justiça de gênero. Sem moradia digna, não há futuro!

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Março, mês do Dia Internacional das Mulheres, é um período em que as desigualdades de gênero ganham destaque. Muito se fala sobre disparidades salariais, sobrecarga do trabalho não remunerado, acesso desigual à saúde e à educação. Mas você já se perguntou como essas desigualdades afetam o direito à moradia?

Como vivem as mulheres que, no fim do mês, precisam escolher entre pagar o aluguel ou alimentar seus filhos? E aquelas que moram de favor, em espaços improvisados, porque não encontram uma alternativa acessível? Já imaginou só conseguir um teto em áreas sem saneamento básico, sem água para as tarefas mais essenciais, como cozinhar ou tomar banho? Ou viver com o medo constante de um despejo ou remoção forçada, perdendo tudo de um dia para o outro? Aliás, quanto tempo leva para uma mãe solo (re)construir o sonho de um lar, que é muito mais do que quatro paredes?

Há mais de 30 anos, a Habitat para a Humanidade Brasil atua na defesa do direito à moradia digna e à cidade. Neste levantamento, reunimos dados e relatos sobre dois aspectos essenciais para as mulheres quando falamos de moradia: a segurança da posse, que é a proteção contra despejos e remoções forçadas; e o direito à água, saneamento e higiene, que são condições básicas para uma vida digna.

Os números e histórias apresentados tentam responder algumas questões que são urgentes:

  • Por que o déficit habitacional é feminino?
  • Como os despejos e a criminalização da luta por moradia impactam a vida das mulheres e crianças?
  • Como as violações do direito à água e ao saneamento impactam a vida das mulheres e crianças?

Compreender essas desigualdades é essencial para enxergar os impactos dessa dívida histórica – de gênero e de moradia – não só na vida das mulheres e de seus filhos hoje, mas no futuro das cidades e do país.

Mais do que um relatório, este é um chamado à ação! Precisamos enfrentar essas desigualdades e barrar retrocessos, especialmente diante de propostas que criminalizam a luta por moradia, ameaçando quem já vive em extrema vulnerabilidade com sanções como a perda de auxílios e benefícios sociais.

Sem moradia digna, não há justiça de gênero. Sem moradia digna, não há futuro!

Baixe o levantamento e saiba mais!