A arquitetura deve estar a serviço da dignidade e sempre na defesa dos direitos humanos. É nisso que a Habitat Brasil acredita e defende, no entanto, nem sempre vemos isso na maior parte das cidades brasileiras. Em uma cidade como São Paulo, por exemplo, a especulação imobiliária domina e o mercado se mostra mais importante que a educação e a saúde. Para debater esse tema de forma mais profunda, selecionamos três filmes sobre arquitetura que nos ajudam a refletir sobre a desigualdade social.
Gran Horizonte: Around the Day in 80 Worlds – Martin Schwartz & Daniel Andersson
Fazendo perguntas ao invés de apresentar respostas, Grande Horizonte tem como objetivo ampliar a perspectiva dos espectadores sobre o mundo em que vivem e o mundo que poderiam ajudar a criar. O filme está baseado na filosofia de que o futuro do desenvolvimento urbano radica na colaboração entre os arquitetos, os governos, a empresa privada e a população mundial dos bairros marginalizados.
Casalata – Lara Plácido e Ângelo Lopes
A ilusão de encontrar uma vida melhor nas cidades consolidadas leva as pessoas a irem até elas, mas o sonho rapidamente se desmorona e a falta de oportunidades empurra famílias inteiras aos aglomerados de lata que aparecem, dia após dia, na paisagem de Cabo Verde. O problema da falta de moradia não se resolve de um dia para ou outro. As famílias alojadas nas casas de lata continuarão vivendo em condições sub-humanas por tempo indeterminado, ainda que todos os esforços governamentais se concentrem nesta problemática.
74 metros quadrados – Tiziana Panizza e Pailo Castilho
Iselsa e Cathy decidiram fazer parte de um projeto único, desenhado por líderes da arquitetura social, que lhes entregarão sua casa própria integrada a um bairro de classe média. O documentário observa o processo durante 7 anos: a falta de recursos, a integração a um bairro que os rejeita, problemas na construção e o desastre provocado pelas chuvas de inverno. O desafio ainda mais difícil será superar a divisão da comunidade.
É possível combater a falta de moradia
A realidade apresentada nos filmes sobre arquitetura está escancarada nas grandes cidades, mas ela pode mudar. Trabalhamos ativamente para influenciar políticas públicas em defesa do direito à moradia e também colocamos a mão na massa para que essa transformação aconteça. Realizando projetos de construção e melhorias habitacionais, fazemos com que pessoas em situação vulnerável tenham um lugar digno para viver. Acreditamos que este é o ponto de partida para uma vida com mais oportunidades e menos desigualdade.
Se você concorda que o direito à moradia digna deve ser respeitado, junte-se a nós contribuindo para projetos de construção e melhorias habitacionais!